sábado, 5 de novembro de 2011

Como Gostar de Ler?

COMO GOSTAR DE LER?

Numa época  em que a internet, o mercado de DVDs, os video games e os canais de tv por assinatura oferecem tantas opções de entretenimento e diversão, parece anacrônico falar de livros como fonte de prazer.


Mas por que ler?


 A sabedoria,  que é o tipo mais preciso  do conhecimento, só pode ser encontrada nos grandes autores da literatura, todo bom pensamento depende da memória, não é possível pensar sem lembrar.


                                                                 A PALAVRA


...tudo está na palavra... Uma ideia inteira muda porque uma palavra mudou de lugar ou porque outra se sentou como uma rainha dentro de uma frase  que não a esperava e que a obedeceu...
...saímos perdendo... saímos ganhando... levaram o ouro e nos deixaram o ouro... levaram tudo... e nos deixaram tudo... Deixaram-nos as palavras


(Pablo Neruda. Confesso que vivi. 11. ed. Rio de Janeiro: Diefel, 1980.p.51-2)


De fato, uma pessoa pode passar a vida inteira sem ler uma única página. Os livros não mudam a vida, mas nos fazem ter uma perspectiva diferente dela. Uma perspectiva, nos melhores casos, menos iludida - sobre os outros  e sobre nós mesmos.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Poema: Versos Simples


VERSOS SIMPLES

A Cada escrever, traduzimos nossos sentimentos em palavras
Agrupadas as letras formam o que chamamos de infinito
de Cada linha mesmo que torta e sem dimensão alguma
se transformam em versos , um pedaço do meu paraíso.

Simples, é a mais perfeita sintonia
Alma que enfim me completa
E nunca serão pequenos
Por que é na grandeza desse lindo amor, que no papel torna eterna!

Palavra certa a usar
Porque no meu jeito de amar
Contigo me tornei verdadeiro
“sem-tigo” me torno invisível
Não te trarei flores
Porque elas secam e caem
Te trago os meus versos simples
Mas que fiz de coração...

                                                                       Dyh Gomess

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pré apresentação do Pré-projeto do tcc !!!!!

Bem pessoal nas aulas de Prática Pedagógica , disciplina que encaramos ao longo da Graduação, onde irá nos
situar com relação ao TCC - Trabalho de Conclusão de Curso na sua graduação. Estou no 4° Período e  temos que escolher um Tema para enviar a Secretaria do Curso de Letras o tema já foi escolhido e a pré-apresentação do pré-projeto também então é uma idéia que espero continuar lapidando até o 8° período!



Pré-projeto do TCC


TEMA: O Uso da Gíria como meio de interação nas aulas de língua portuguesa em sala de aula.
1.    PROBLEMA

            O ensino-aprendizagem de Língua Portuguesa em sala de aula deve ser usado sempre em favor do aluno, para servi-los e não o contrário. O que nota-se é que ao invés de esse ensino da língua materna Portuguesa na escola conduzir o aluno a uma elasticidade de expressões, o que se tem é o efeito contrário, onde o aluno se sente um “estrangeiro” no mundo vocabular do professor, Devido à diversidade lingüística.

2. JUSTIFICATIVA

            Esta pesquisa tem como finalidade observar dentro do processo de ensino-aprendizagem a utilização da gíria nas aulas  de Língua Portuguesa,  de fazer os  alunos capazes de conduzirem uma boa comunicação em diferentes lugares e ocasiões sem se sentirem pressionados pelo ditadorismo do ensino da norma culta da língua portuguesa. Também de maneira geral, existem muitas constatações de suas dificuldades em aprender uma língua materna Portuguesa bem oralizada e principalmente escrita, devido à linguagem informal e cheia de gírias trazida consigo do ambiente social em que o aluno convive. Nada melhor que isto ser exemplificado com uma atitude nova do professor, mostrando a importância de um falar e de uma escrita correta, onde ao invés da correção da forma coloquial do alunado, mostrar a sua adequação as circunstâncias de uso, isso como ferramenta pedagógica, em vista que os problemas na produção oral e escrita são em muitos casos herdados de uma sociedade de linguagem informal, uma vez que praticamente o ensino da língua não tem uma metodologia diferente para os usuários das gírias e para os não-usuários das gírias.
3. OBJETIVOS:

3.1. OBJETIVO GERAL.
            Estudar as possibilidades de uso das gírias nas aulas de língua portuguesa em sala de aula, atestando a contribuição da mesma para o desenvolvimento e uma melhor proximidade e ambientização com a gramática normativa padrão pelos alunos, tendo como resultado uma melhor produção escrita e uma melhor oralidade.
           
3.2. OBJETIVO ESPECÍFICO.
 - Experimentar o uso das Gírias nas aulas, em textos, músicas e etc., como meio de aprendizagem da gramática normativa padrão.
- Verificar a relevância de se aprender a norma correta gramatical e a importância do seu uso nas diversas ocasiões.
- Desenvolver metodologias e práticas específicas para o ensino da língua portuguesa com o uso das gírias em sala de aula.
- Atestar os benefícios que a escrita correta da língua materna portuguesa, pode trazer aos alunos usuários da linguagem informal;
- Mostrar ao aluno a inadequação da utilização de determinadas expressões em ambientes que a maioria não faz uso.

4. METODOLOGIA.

            Esta pesquisa consiste em um levantamento bibliográfico tendo como base deste trabalho propostas de diversos autores sobre o tema tratado relacionado ao processo de ensino-aprendizagem da língua Portuguesa.




segunda-feira, 22 de agosto de 2011

A Educação e cultura no mundo medieval




Educação e cultura no mundo medieval

A Idade Média foi taxada pelos iluministas de “idade das trevas” e o regime absolutista foi ficou conhecido como ancien regime, quer dizer antigo regime em FrancêsEsses apelidos forma inventados por conta de um entendimento comum dos iluministas ao conceberem que a Idade Média foi um período de estagnação educacional e cultural.


A Idade Média também foi à época da consolidação da religião cristã e da igreja como detentora absoluta do poder político e econômico. Por essa época houve alguns avanços nos estudos lingüísticos, de certa forma o medievo foi um período de claro-escuros, de transformações de grande importância que aconteciam em decorrência de uma ideologia cristã convincente e uma instituição eclesiástica poderosíssima.


A Europa traçou um longo caminho de formação juntamente com o cristianismo e a Igreja, assim com a sua cultura. A cultura da Europa foi de fato embasada nos costumes cristianizadores, onde a igreja que representava o Deus onipotente, onisciente e onipresente e detentor de todo poder nos céus e na terra (incluindo o poder de castigar) comandava através de dogmas e o que seus ensinadores apregoassem.


A educação que era usada de acordo com as conveniências do clero católico deixara um legado registrado até os dias atuais, trata-se do habito de se ter um professor que leciona a uma classe diversa de alunos, além disso, há tambem o costume de se ensinar latim e o ensino gramatical e retórico da língua tambem vem daquele período.


Um campo gramatical que foi amplamente difundido naquela época é o do imaginário e que foi estruturado a partir do valor religioso e que é ligado a uma imagem do mundo como uma ordem que expõe duas ramificações do imaginário: um aristocrático, veiculado pelo livro e pela misticidade e um popular: veiculado pela palavra e pelo rito.


O grande valor que a Idade Média dá a ideologia no processo educativo e por aquele período fortemente ligado a religiosidade dando a sociedade medieval um pensamento assentado sobre uma visão surpesticiosa do mundo, apesar de seus avanços, reclamada pela igreja.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Debate sobre o ensino da língua portuguesa


No dia 24 de maio de 2011, o programa Observatório da Imprensa exibiu um debate interessante. Participaram do debate o Prof. Sérgio Nogueira Duarte da Silva, que é Licenciado em Língua Portuguesa e Língua Espanhola pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Mestre em Língua Portuguesa pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Também, o Prof. Deonísio da Silva, que é Licenciado em Letras pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Mestre em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Doutor em Literatura Brasileira pela Universidade de São Paulo. Ainda o Prof. Marcos Bagno, que é Graduado em Letras pela Universidade Federal de Pernambuco e Mestre em Linguística pela mesma instituição. É Doutor em Filologia Românica e Língua Portuguesa pela Universidade de São Paulo. Enquanto os outros dois se encontravam no estúdio do programa no Rio de Janeiro, este último falou de Brasília, da UNB.


O Prof. Sérgio Nogueira falou sobre seus 40 anos de magistério em escolas de ensino fundamental, médio e universidades. Falou que conhece a variação linguística(bem como todos os demais professores) mas que o aluno precisa se apropriar do conhecimento da língua padrão. Completando o que fora dito anteriormente, o Prof. Deonísio da Silva lembrou que Machado de Assis, sendo mulato, epilético, gago não se deu por vencido e apropriou-se da língua padrão tornando-se um mestre reconhecido não apenas no Brasil.

De sua comodidade na UNB, Marcos Bagno falou em variação linguística todo o tempo e disse que entre os 40 membros da Academia Brasileira de Letras e os 4.000 membros da Associação Brasileira de Linguística(ABRALIN), ele prefere aos últimos. O curioso no discurso de Bagno é nunca se referir à Academia Brasileira de Filologia.

O Prof. Sérgio Nogueira falou que o desrespeito que alguns "doutores" têm pelos professores de língua portuguesa é incoerente porque a linguística faz parte do preparo destes professores, motivo pelo qual não se pode afirmar que eles desconheçam o assunto em questão. Apenas sabem que o aluno precisa aprender a língua padrão. Os tais "doutores" defendendo a variação linguística e repudiando a Gramática Normativa se posicionam como donos da verdade.

O debate foi interessante e mostrou o quanto precisamos ouvir os dois lados da questão.

De volta às Aulas!!!!!

Bem Gente Após um longo período de repouso e sem fazer nada kkkk,
estarei voltando a postar no blog. estamos na ativa pra mais um semestre letivo e
 espero contribuir no conhecimento do Português em sua Gramática,
abraços!!!!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Particularidades do Português!

* Depende : Envolve a conjunção de várias incógnitas, todas desfavoráveis. Em situações anormais, pode até significar sim, embora até hoje tal fenômeno só tenha sido registrado em testes teóricos de laboratório. O mais comum é que signifique diversos pretextos para dizer não.
- Já já : Aos incautos, pode dar a impressão de ser duas vezes mais rápido do que já. Engano; é muito mais lento. Faço já significa "passou a ser minha primeira prioridade", enquanto "faço já já" quer dizer apenas "assim que eu terminar de ler meu jornal, prometo que vou pensar a respeito."
- Logo : Logo é bem mais tempo do que dentro em breve e muito mais do que daqui a pouco. É tão indeterminado que pode até levar séculos. Logo chegaremos a outras galáxias, por exemplo. É preciso também tomar cuidado com a frase "Mas logo eu?", que quer dizer "tô fora!"
- Mês que vem : Parece coisa de primeiro grau, mas ainda tem estrangeiro que não entendeu. Existem só três tipos de meses: aquele em que estamos agora, os que já passaram e os que ainda estão por vir. Portanto, todos os meses, do próximo até o Apocalipse, são meses que vêm!
- No máximo : Essa é fácil: quer dizer no mínimo. Exemplo: Entrego em meia hora, no máximo. Significa que a única certeza é de que a coisa não será entregue antes de meia hora.
- Pode deixar : Traduz-se como nunca.
- Por volta : Similar a no máximo. É uma medida de tempo dilatada, em que o limite inferior é claro, mas o superior é totalmente indefinido. Por volta das 5h quer dizer a partir das 5 h.
- Sem falta : É uma expressão que só se usa depois do terceiro atraso. Porque depois do primeiro atraso, deve-se dizer "fique tranqüilo que amanhã eu entrego." E depois do segundo atraso, "relaxa, amanhã estará em sua mesa". Só aí é que vem o amanhã, sem falta.
- Um minutinho : É um período de tempo incerto e não sabido, que nada tem a ver com um intervalo de 60 segundos e raramente dura menos que cinco minutos.
- Tá saindo : Ou seja: vai demorar. E muito. Não adianta bufar. Os dois verbos juntos indicam tempo contínuo. Não entendeu? É para continuar a esperar? Capisce! Understood? Comprendez-vous? Sacou? Mas não esquenta que já tá saindo...
- Veja bem : É o Day after do depende. Significa "viu como pressionar não adianta?" É utilizado da seguinte maneira: "Mas você não prometeu os cálculos para hoje?" Resposta: "Veja bem..." Se dito neste tom, após a frase "não vou mais tolerar atrasos, ok?", exprime dó e piedade por tamanha ignorância sobre nossa cultura.
- Zás-Trás : Palavra em moda até uns 50 anos atrás e que significava ligeireza no cumprimento de uma tarefa, com total eficiência e sem nenhuma desculpa. Por isso mesmo, caiu em desuso e foi abolida do dicionário.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Voce escreve a ou à alguem?

Certas expressões são usadas no dia-a-dia e nem bem sabemos de onde vieram. Muitas são culturais como “sem eira nem beira”, mas outras são resultados apenas de mecanismos linguísticos que, em minha opinião, vêm facilitar o uso da linguagem. Vejam por exemplo o caso deste post. Como é que se deve escrever? “A ou À Machado de Assis?

Depende, meu caro leitor. Se ele está escrevendo "para Machado de Assis”, não há o acento grave:

"Ele escreve a Machado de Assis." (= para Machado)

Se ele escreve "à moda ", "ao estilo" de Machado de Assis, primeiramente tenho de expressar minha admiração, pois é um dos meus escritores preferidos e, nesse caso, o uso do acento grave é obrigatório:

"Ele escreve à Machado de Assis." (= ao estilo de Machado de Assis)

Bom, pelos exemplos, vemos que usaremos o acento grave sempre que houver uma destas locuções subentendidas: "à moda de", "à maneira de" ou "ao estilo de":

"Sapato à Luís XV."
"Poesia à Manuel Bandeira."
"Revolução à 1930."
"Vestir-se à 1800."
"Filé à francesa."
"Bife à milanesa."

OBSERVAÇÃO 1: Em "Moramos em São José dos Campos de 2005 a 2010", não há crase porque não há artigo definido antes de 2010. Em "Elas se vestem à 1970", há acento grave porque subentendemos "à moda de 1970".

OBSERVAÇÃO 2: Se os nossos cardápios fossem bem escritos, em português é claro, teríamos um "festival de crase":

"Viradinho à paulista." (=à moda de São Paulo)
"Tutu à mineira." (=à moda de Minas)
"Camarão à baiana." (=à moda da Bahia)
"Churrasco à gaúcha." (=à moda gaúcha)

Observe que neste caso o acento grave deve ser usado mesmo antes de palavras masculinas:

"Churrasco à Osvaldo Aranha." (=à moda de Osvaldo Aranha)

O simples fato de estar no cardápio não garante a crase:

"Filé a cavalo"
"Frango a passarinho."

Não usamos o acento grave nesses dois exemplos. A locução "à moda de" não está subentendida. Um "filé a cavalo" não é um "filé à moda do cavalo". Ainda bem, pois seria, no mínimo um paradoxo “vegan”!

quarta-feira, 25 de maio de 2011

uso do G ou J?

também pegando carona com os questionamentos de minha prima Ianna vai aí/:


Continuando com as frescuras do Português, uma língua altamente "prostituída"... Não consigo entender porque duas letras diferentes ainda são aplicadas ao mesmo som, a tecnologia evolui mas a burrice dos donos das palavras permanece a mesma a cada geração. Bom, depois das críticas, e de inúmeras possibilidades de sugestões de modificações na língua, vamos a uma dica... Para evitar confusão.

Use G em:

- Palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio e -úgio.
Exemplos: pedágio, colégio, litígio, relógio, refúgio.

- Palavras terminadas em -gem.
Exemplos: ferrugem, selvagem, massagem, mixagem.

- Palavras derivadas de outras que já sejam grafadas com G.
Exemplos: tingir - tingido - tingimento

Use J em:

- Palavras de origem tupi (indígena) e africana. (Engraçado que "indígena" se refere a índios, mas se grafa com G...)
Exemplos: biju, canjarana, canjica, jabuticaba, jacaré, jenipapo, jerimum, jibóia, pajé. (Exceção: Sergipe.)

- Verbos terminados em -jar ou -jear.
Exemplos: arranjar, despejar, sujar, viajar, trajar, ultrajar, granjear, gorjear, lisonjear.

- Palavras derivadas de outras já grafadas com J.
Exemplos: granja - granjeiro, laje - lajeado, etc.

Tome cuidado com o verbo viajar e o substantivo viagem (e talvez, alguns outros). Nas palavras terminadas em -agem, grafamos com G (como em viagem: "A viagem foi boa."). Mas os verbos terminados em -jar são grafados com J (senão ficaria /gar/, como em /garfo/, eis mais uma burrice da língua que permanece até os dias de hoje). Então, do verbo viajar, derivam suas formas, viajei, viajaram, etc. Da mesma forma, por ser derivada do verbo (na verdade, por ser uma forma conjugada do verbo), a palavra "viajem" com sentido de verbo, fica com J: "Compre os ingressos, para que eles viajem.". Nesse caso, viajem vem de viajar, que já é com J, por ser um verbo terminado em -jar.

Viajem ou viagem?

Em atenção ao pedido da minha prima querida Ianna Gomes , que tinha dúvidas sobre esse tema, e

É comum termos essa dúvida! Sempre quando vamos escrever ficamos na incógnita: escrevo com “g” ou com “j”?

Vamos esclarecer esse problema de uma vez por todas! Observe:


a) A viagem que você irá fazer demora bastante, não é mesmo?

b) É provável que você viaje hoje, não é?


Qual a diferença entre essas orações acima, além das grafias viajem e viagem?

Na primeira, viagem é um substantivo que faz parte do sujeito. Já na segunda, é um verbo do sujeito “você”.

Assim, toda vez que viagem for um substantivo e indicar o ato de viajar, deverá ser escrito com “g”.

Quando for a flexão do verbo viajar na terceira pessoa do plural do presente do subjuntivo, virá com “j”: que eles viajem o mais breve possível, pois o trânsito já está começando a ficar ruim.

Veja outros exemplos:

Vocês fizeram boa viagem?
Não é bom que vocês viajem com chuva.
Eu viajei para Espírito Santo e foi ótimo!
A viagem para Espírito Santo foi ótima!

É praticamente certeza que a minha viagem será adiada!

Costa ou costas?



“Costas”, no sentido de dorso ou parte traseira do corpo ou de algum objeto, deve ser grafada sempre no plural. É o caso de frases como: • “Estou com dor nas costas.” • “Ela caiu de costas.”

Já a forma singular “costa” tem utilização mais abrangente e serve para designar a região litorânea próxima ao continente, também chamada de “região costeira”. Pode ser também uma parte do mar próxima a terra firma, ou a área ocupada pelas margens de rios, lagos, lagoas, etc.

Dica importante: nunca diga “dor nas minhas costas”, pois com partes do nosso corpo não se utilizam pronomes possessivos. Você diz: “Estou com dor nas costas.”, “Estou com dor nas pernas.”


Bom Fim de Semana ou Bom final de semana?


O adjetivo “final” evoca a despedida no fim do expediente às sextas: “Bom final de semana!”. Melhor seria desejar “bom fim semana”. “Final” é originalmente adjetivo e acompanha substantivo. É algo que pertence à última parte, equivalente ao fim em várias situações. Na conclusão de um evento: “o caso teve final doloroso”.

No desenrolar de uma obra: “o final da peça foi trágico”. E na última disputa em competições: “o jogo final foi empolgante”.

Segundo o dicionário Aurélio, a locução “fim de semana” é “o tempo decorrido, em geral, entre a noite de sexta-feira e a manhã de segunda, aproveitado para o descanso e o lazer”. Corresponde ao inglês weekend. Essa forma também é a recomendada por manuais de redação.

Alguns sábios lembrarão que o povo faz a língua e que o costume atropela normas e racionalidades estreitas. De modo que, se continuarem insistindo em dizer “bom final de semana”, como fazem, por exemplo, muitos âncoras de noticiosos, a expressão se firmará e, no fim, ninguém sofrerá por isso.


sexta-feira, 20 de maio de 2011

A Difícil Língua Portuguesa!



*A Língua Portuguesa é difícil…..até para fazer amor!


Amar é… O marido, ao chegar em casa, no final da noite, diz à mulher que já estava deitada :

- Querida, eu quero amá-la.

A mulher, que estava dormindo, com a voz embolada, responde:

- A mala… ah não sei onde está, não! Use a mochila que está no maleiro do quarto de visitas.

- Não é isso querida, hoje vou amar-te.

- Por mim, você pode ir até Júpiter, até Saturno e até “à puta que o pariu”, desde que me deixe dormir em paz…


A História da Nossa Língua!



Desde que os portugueses chegaram a este lado do Atlântico, há cinco séculos, muita coisa mudou no jeito de falar

1500Os cerca de 5 milhões de indígenas que aqui viviam, distribuídos em mais de 1 500 povos, falavam em torno de mil línguas de vários grupos linguísticos
1580Começa a ser registrada a Língua Geral Paulista, difundida por padres jesuítas e bandeirantes. “Tucuriuri” significava “gafanhotos verdes”
1700Surgem registros da Língua Geral Amazônica, de base tupinambá, e do dialeto de Minas, misto de português com o Evé-fon, trazido por escravos africanos
1759O Marquês de Pombal promulga lei impondo o uso da língua portuguesa, mas ainda coexistem NO PAÍS DIVERSOS idiomas indígenas e africanos
1808A chegada da família real é decisiva para a difusão da língua: são criadas bibliotecas, escolas e gráficas (e, com elas, jornais e revistas)
1850Imigrantes europeus aportam em grande número no país, incentivando transformações no idioma com a introdução de diversos estrangeirismos
1922A Semana de Arte Moderna leva o português informal para as artes. A crescente urbanização e o surgimento do rádio ajudam a misturar variedades linguísticas
1988A Constituição garante a preservação dos dialetos de grupos indígenas e remanescentes de quilombos. Hoje Ha 180 línguas indígenas e mil quilombolas
1990Com a TV presente em mais de 90% dos lares, não se constata isolamento linguístico. Começa a nascer a linguagem rápida usada na internet

Para nós Academicos e Professores , aqui vai uma sugestão de questionamentos que podem ser levantados em sala de aula :

1- O que acontece com a Língua Portuguesa no Brasil entre 1500 e 1990?

2- Se até o ano de 1500 a população brasileira era constituída por indígenas, por que as línguas indígenas vêm sendo dizimadas no país?

3- O que acontece quando há a mistura de pessoas que falam línguas diferentes?

4- Como a Semana da arte Moderna influenciou a história da língua Portuguesa?

5- Apesar das influências externas, grupos indígenas e remanescentes quilombolas conseguem preservar seu dialeto. Como isso é possível?

6- Com o advento da TV no Brasil, houve mudanças no comportamento das pessoas? Explique:

7- O que acontece com o uso da linguagem a partir de 1990?

8- Cite exemplos de palavras herdadas da cultura indígena, ligadas à flora e à fauna.

9- Cite exemplos de palavras ligadas à religião e à cozinha afrobrasileiras.

10- A internet está mudando a maneira como lemos e escrevemos. Cite pontos positivos e pontos negativos da chamada “era digital”.

Espero ter Ajudado!
Obrigado!

Literatura Brasileira - Resumo das Eras...

Quinhentismo (século XVI)

Representa a fase inicial da literatura brasileira, pois ocorreu no começo da colonização. Representante da Literatura Jesuíta ou de Catequese, destaca-se Padre José de Anchieta com seus poemas, autos, sermões cartas e hinos. O objetivo principal deste padre jesuíta, com sua produção literária, era catequizar os índios brasileiros. Nesta época, destaca-se ainda Pero Vaz de Caminha, o escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral. Através de suas cartas e seu diário, elaborou uma literatura de Informação ( de viagem ) sobre o Brasil. O objetivo de Caminha era informar o rei de Portugal sobre as características geográficas, vegetais e sociais da nova terra.


Barroco ( século XVII )

Essa época foi marcada pelas oposições e pelos conflitos espirituais. Esse contexto histórico acabou influenciando na produção literária, gerando o fenômeno do barroco. As obras são marcadas pela angústia e pela oposição entre o mundo material e o espiritual. Metáforas, antíteses e hipérboles são as figuras de linguagem mais usadas neste período. Podemos citar como principais representantes desta época: Bento Teixeira, autor de Prosopopéia; Gregório de Matos Guerra ( Boca do Inferno ), autor de várias poesias críticas e satíricas; e padre Antônio Vieira, autor de Sermão de Santo Antônio ou dos Peixes.


Neoclassicismo ou Arcadismo ( século XVIII )

O século XVIII é marcado pela ascensão da burguesia e de seus valores. Esse fato influenciou na produção da obras desta época. Enquanto as preocupações e conflitos do barroco são deixados de lado, entra em cena o objetivismo e a razão. A linguagem complexa é trocada por uma linguagem mais fácil. Os ideais de vida no campo são retomados ( fugere urbem = fuga das cidades ) e a vida bucólica passa a ser valorizada, assim como a idealização da natureza e da mulher amada. As principais obras desta época são: Obra Poética de Cláudio Manoel da Costa, O Uraguai de Basílio da Gama, Cartas Chilenas e Marília de Dirceu de Tomás Antonio Gonzaga, Caramuru de Frei José de Santa Rita Durão.


Romantismo ( século XIX )

A modernização ocorrida no Brasil, com a chegada da família real portuguesa em 1808, e a Independência do Brasil em 1822 são dois fatos históricos que influenciaram na literatura do período. Como características principais do romantismo, podemos citar: individualismo, nacionalismo, retomada dos fatos históricos importantes, idealização da mulher, espírito criativo e sonhador, valorização da liberdade e o uso de metáforas. As principais obras românticas que podemos citar: O Guarani de José de Alencar, Suspiros Poéticos e Saudades de Gonçalves de Magalhães, Espumas Flutuantes de Castro Alves, Primeiros Cantos de Gonçalves Dias. Outros importantes escritores e poetas do período: Casimiro de Abreu, Álvares de Azevedo, Junqueira Freire e Teixeira e Souza.


Realismo - Naturalismo ( segunda metade do século XIX )

Na segunda metade do século XIX, a literatura romântica entrou em declínio, juntos com seus ideais. Os escritores e poetas realistas começam a falar da realidade social e dos principais problemas e conflitos do ser humano. Como características desta fase, podemos citar: objetivismo, linguagem popular, trama psicológica, valorização de personagens inspirados na realidade, uso de cenas cotidianas, crítica social, visão irônica da realidade. O principal representante desta fase foi Machado de Assis com as obras : Memórias Póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba, Dom Casmurro e O Alienista. Podemos citar ainda como escritores realistas Aluisio de Azedo autor de O Mulato e O Cortiço e Raul Pompéia autor de O Ateneu.


Parnasianismo ( final do século XIX e início do século XX )

O parnasianismo buscou os temas clássicos, valorizando o rigor formal e a poesia descritiva. Os autores parnasianos usavam uma linguagem rebuscada, vocabulário culto, temas mitológicos e descrições detalhadas. Diziam que faziam a arte pela arte. Graças a esta postura foram chamados de criadores de uma literatura alienada, pois não retratavam os problemas sociais que ocorriam naquela época. Os principais autores parnasianos são: Olavo Bilac, Raimundo Correa, Alberto de Oliveira e Vicente de Carvalho.


Simbolismo ( fins do século XIX )

Esta fase literária inicia-se com a publicação de Missal e Broquéis de João da Cruz e Souza. Os poetas simbolistas usavam uma linguagem abstrata e sugestiva, enchendo suas obras de misticismo e religiosidade. Valorizavam muito os mistérios da morte e dos sonhos, carregando os textos de subjetivismo. Os principais representantes do simbolismo foram: Cruz e Souza e Alphonsus de Guimaraens.


Pré-Modernismo (1902 até 1922)

Este período é marcado pela transição, pois o modernismo só começou em 1922 com a Semana de Arte Moderna. Está época é marcada pelo regionalismo, positivismo, busca dos valores tradicionais, linguagem coloquial e valorização dos problemas sociais. Os principais autores deste período são: Euclides da Cunha(autor de Os Sertões), Monteiro Lobato, Lima Barreto, autor de Triste Fim de Policarpo Quaresma e Augusto dos Anjos.

Modernismo (1922 a 1930)

Este período começa com a Semana de Arte Moderna de 1922. As principais características da literatura modernista são: nacionalismo, temas do cotidiano (urbanos), linguagem com humor, liberdade no uso de palavras e textos diretos. Principais escritores modernistas: Mario de Andrade,Oswald de Andrade, Cassiano Ricardo, Alcântara Machado e Manuel Bandeira.


Neo-Realismo (1930 a 1945)

Fase da literatura brasileira na qual os escritores retomam as críticas e as denúncias aos grandes problemas sociais do Brasil. Os assuntos místicos, religiosos e urbanos também são retomados. Destacam-se as seguintes obras : Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fogo Morto de José Lins do Rego, O Quinze de Raquel de Queiróz e O País do Carnaval de Jorge Amado. Os principais poetas desta época são: Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade e Cecília Meireles.